Pesquisar este blog

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rosa do Ventos capítulo 5

                             Na noite de sexta-feira, ás nove horas, eu já estava na frente do galpão abandonado, sentindo frio, raiva por ter ido, e com medo de ter sido uma pegadinha, e daqui a pouco sair alguém da escola de trás de uma árvore e me perguntar como que eu tinha caído nessa.
                            Eu estava quase indo embora quando vi onze vultos encapuzados vindo em minha direção. Não sabia se corria ou esperava para ouvir o que eles tinham a me falar, mas na dúvida, continuei onde estava, não poderia fugir sem que aquele bando de gente me seguisse de qualquer maneira.
                            Eles andavam lentamente, mas quando chegaram até onde eu estava, formaram um círculo em volta de mim, me cercando. Agora é que eu não poderia sai dali mesmo.
                            - Senhorita Bloom, agradecemos por ter comparecido á sua primeira reunião do Conselho. Pedimos agora que nos ouça. Sabemos como deve estar curiosa, querendo saber o que está acontecendo, mas nós vamos lhe explicar tudo.
                            - Podem começar.
                            - Bem, antes de tudo, vamos deixar bem claro que você não deve tentar fugir, pois irá ouvir o que temos a dizer por bem ou por mal. E preferíamos que fosse por bem.
                            - Tudo bem.
                            - Everest Bloom, você é uma Banshee.

Rosa dos Ventos, Capitulo 4

                            Ficamos abraçados pelo que me pareceu muito tempo, mas quando Roland começou a me afastar, ainda assim hesitei antes de tirar os braços do pescoço dele. Se Stela me visse naquele momento, diria que eu estava dando muita bandeira, mas dane-se. Eu tinha acabado de passar por um trauma. Ninguém pode me julgar por querer ficar abraçada ao cara que me salvou, que além do mais era um               gato.
                            - Quer que eu a acompanhe para casa?- Perguntou Roland.
                            - N-não precisa, acho que estou melhor.- Eu queria muito que parassem de escorrer lágrimas de meus olhos. E que eu parasse de gaguejar.
                            - Você tem certeza? Ele pode voltar.
                            - Tudo bem. Podemos ir no meu carro.
                            Nos levantamos e fomos para o BMW. Como achava que eu não estava em condições de dirigir, Roland sugeriu que ele fosse o motorista daquela vez, e eu não discuti com ele. Realmente não estava em condições de dirigir.
                            O percurso da escola até a nossa casa era longo, mais ou menos 20 minutos. Não falamos nada, até eu dizer:
                             - Obrigada por me salvar daquele pervertido.
                             - Qualquer um teria feito aquilo, Everest.
                             - Não. Qualquer um teria chamado a policia e esperado. Você foi muito corajoso.
                             Roland só grunhiu em resposta. Deve ser o jeito masculino de concordar, ou sei lá. Não falei nada pelo resto da viagem.
                             Quando chegamos, depois do que me pareceu muito tempo, não sabia o que falar. Felizmente, Roland quebrou o silencio que já estava começando a ficar constrangedor.
                             - Everest, gostaria que você não comentasse com ninguém sobre hoje.- Como se ele precisasse pedir isso pra mim. Eu é que não ia contar que quase havia sofrido de abuso sexual na frente da escola, quando eu tinha ralado muito pra criar uma fama de valentona. Não, obrigada.
                            - Tudo bem, não se preocupe. Não sou do tipo que sai falando pra tudo mundo que não fui forte suficiente pra chutar  bunda de um cara que queria abusar de mim.
                            -Então, tchau, boa noite.
                            - Tchau.
                            E ele saiu do carro. Não leve a mal, eu não esperava que ele de repente se declarasse pra mim, dizendo que me amava e me beijasse. Não. Mas eu queria ter uma oportunidade pra conhecê-lo melhor. Naquela noite, eu desenvolvi uma estranha fascinação pelo Menino das Drogas.
                            Sai do carro, entrei em casa e rumei logo para o meu quarto, um cômodo enorme, com todas as paredes brancas, uma cama de dossel com lençol púrpura, um sofá da mesma cor voltado para a parede, onde uma tevê de quarenta polegas estava pendurada, e uma escrivaninha de cerejeira, onde estava repousado um iPad. Além de ter um banheiro com hidromassagem e todas as maquiagens que você possa imaginar. Sim, eu amava o meu quarto. Mas, ao entrar no tão conhecido recinto, reparei em uma coisa que não se encaixava na visão de um quarto comum de uma menina rica. Uma coruja negra como a noite, com uma carta no bico, batia com sua pequena patinha na janela, tentando me chamar a atenção.
                            Abri a janela e soltei delicadamente a carta do bico do animal. O que era isso, afinal, uma carta pra Hogwarts? Quem me dera...
                            Estava escrito, em uma bela letra cursiva assim:
                             Cara Srtª Bloom.
                         Convidamos a senhorita para se apresentar na noite de sexta-feira, ás 21:00, no galpão abandonado Seen Tripet, para uma reunião com os seus semelhantes. Pedimos para não faltar, pois pode ser que muitas coisas que andam acontecendo em sua vida sejam explicadas nesta reunião.
                         Atenciosamente,
                         Conselho Supremo de C.M.
                           O que poderia ser aquilo?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Rosa dos Ventos capítulo 3

                    Roland já estava com os produtos de limpeza prontos quando eu e a vice-diretora chegamos. Devo dizer que, mesmo ele sendo um traficante de drogas marginal, ele era realmente lindo com a blusa preta, os jeans e as botas de segunda mão. Quem passasse por ali naquele momento iria se surpreender em me ver com o meu vestido Burberry roxo ao lado de um menino que parecia do tipo que me roubaria numa boa.
                     A mulher me empurrou de maneira não muito delicada em direção aos baldes e esponjas que estavam no chão e virou as costas rapidamente, como se soubesse que se não fizesse isso eu iria lhe dar um soco no meio da fuça.
                      Sem dizer nada, Roland pegou uma esponja e começou a esfregar um armário á sua direita. Resolvi fazer o mesmo.
                       Nós ficamos lá por duas horas, eu com medo de perguntar alguma coisa, e ele sem interesse. Estava começando a char que realmente não aguentaria mais aquele tédio e falaria qualquer coisa, quando a vice-diretora voltou.
                        - Você, menina- Depois dessa eu passei a odiar ela com todas as minhas forças-, pode ir embora. Da próxima vez, pense bem antes de agredir uma de suas colegas.- Não posso dizer aqui o que eu pensei em dizer naquela hora, mas digamos, que eu seria expulsa em um segundo se pusesse o meu pensamento em palavras.- E você, senhor Black- Ela falou o sobrenome de Roland de uma forma que dava a entender que já estava acostumada a falar com ele no castigo.-, você vem comigo para a sala do diretor.
                        Com isso, ela pegou Roland pelo braço e levou ele embora, me deixando sozinha lá. Antes que ela voltasse, peguei minha bolsa e corri para o estacionamento.
                        Não havia notado que já estava de noite, mas o céu já estava realmente escuro. E, infelizmente, a escola escolheu justamente aquele dia para não acenderem as luzes externas. Olha, eu não sou medrosa nem nada, mas, a minha escola era muito grande e, tipo, qualquer maníaco poderia escalar os muros e me raptar, que ninguém nunca descobriria. Tudo bem, eu estava exagerando, existiam as câmeras de segurança, mas mesmo assim, não deve ser nada legal ser raptada e eu não queria experimentar aquela experiência.
                         Assim, corri que nem uma maluca até o meu carro, o que não era tarefa fácil com os meus lindos saltos. Quando finalmente cheguei até ele, estava tentando achar a porcaria da chave na minha bolsa, quando ouvi uma voz às minhas costas:
                          - Saindo da escola à noite? Não deveria andar por aí sozinha, querida, existem muitos caras maus por aí.
                          Reprimi um grito. Olhei para trás para dar de cara com um homem que devia ter uns 23 anos. Viu o que eu disse? Ele tinha cabelos pretos oleosos, olhos castanho-escuros, e um nariz de batata. Sério, se era pra eu ser sequestrada, não poderia ser por um cara bonito?
                          - Na verdade, eu estou esperando o meu namorado. Ele ganhou uma medalha em luta livre e nós viemos pegá-la para de pois sair para comemorar.
                          Tá bom que eu ia dizer para aquele pervertido que estava sozinha, e, meter algum medo nele também não seria nada mal.
                           Infelizmente, o cara ou era muito burro, ou estava num porre daqueles, ou tinha gostado muito de mim, por que, além de uma leve centelha de medo que brilhou nos olhos dele durante um segundo, não foi esboçada nenhuma mudança em seu olhar que estava pousado sobre meus seios sem a menor cerimônia.
                           Decidi fazer conversa mole, afinal, alguma hora alguém iria olhar pela janela e nos ver.
                           Não é?
                           Bem, talvez não.
                           Ai.
                           - E você acha que ele vai demorar lá dentro, gatinha? Podíamos nos divertir enquanto isso. O que acha?
                           - Não, obrigada. Ele já deve estar saindo.
                           - Ei, gata, não se assuste. Eu sou um cara legal. A propósito, meu nome é Jonathon, mas pode me chamar de Jon.
                            Ele estendeu a mão, mas, ao ver que eu não iria apertá-la, recolheu-a.
                           - Sabe, tenho que ir, adeus. - Eu disse
                           - Ei, e o seu namorado?
                           - Ele pode me encontrar depois na minha casa. Tchau.
                           Mas Jonathon não ia desistir com tanta facilidade. Quando abri a minha bolsa para pegar a chave, eu me virei de modo que ficasse de costas para o carro. Nisso, ele cruzou o espaço entre nós e chegou perto de mim. Tipo, bem perto mesmo. Nossos corpos estavam comprimidos um contra o outro, e ele estava com a mão na minha coxa, quase entrando por baixo do meu vestido. E eu não gostei daquilo. Quem gostaria? Então, apesar de sempre ter me recusado a pedir socorro, dessa vez dei um grito que devem ter ouvido lá da China.
                             Quando dei o grito, Jonathon comprimiu mais ainda o corpo contra o meu, me prendendo contra o carro de uma forma que eu não conseguia nem respirar direito, quanto mais gritar. Ele meteu a mão boba debaixo do meu vestido e a estava  pondo dentro da minha calcinha quando ouvimos uma voz masculina:
                              - Solte-a agora, seu filho da @#$%!
                               A essa altura, eu já estava chorando desesperada e nem vi direito quem era. Apenas sabia que quem quer que fosse estaria ferrado.
                              - Me obrigue.- Jonathon disse.
                              - Tudo bem, mas você que pediu por isso.- Dessa vez minhas lágrimas deram trégua e eu pude ver que era Roland falando. Sério? Ele iria se meter em uma briga com aquele cara? Jonathon era puro-músculos que não eram de enfeite, pelo que pude perceber por seu aperto. Roland era forte, mas ainda estava no ensino médio e  tinha bem menos músculos.
                              Mal eu tinha concluído esse pensamento, Roland se atirou sobre nós  arrancou Jonathon de mim, o que fez eu cair no chão de quatro no chão, parecendo uma patética. Roland deu um soco e um chute incríveis para alguém da idade dele com aquele físico, e Jonathon caiu no chão, gemendo.  Não aquentei isso. Então,todo o medo se transformou em raiva. Raiva de ter que ser salva pelo garoto das drogas. Raiva por ter sido vista em um momento de fraqueza. Raiva por ter passado por essa experiência vestindo a máscara da vítima.
                               Me levantei, andei em passos firmes até o pervertido, e dei um chute forte mesmo nas "partes intimas" dele. E gritei:
                               - Se você sequer olhar para mim de novo, seu @#$%, eu juro que arranco o seu p@#%&, e o costuro no meio da sua testa, pra apagar logo esse seu fogo no rabo!
                               Jonathon reuniu forças e conseguiu sair correndo antes que eu lhe desse outro chute. Ele nunca mais conseguirá ter filhos.
                               Nesse momento, eu desabei no chão e comecei a chorar desconsolada, de vergonha. Nunca havia passado por uma situação daquelas antes. E nem liguei quando Roland me abraçou. Na verdade, me aconcheguei no peito dele e chorei tudo o que não chorava havia sete anos. Estar nos braços dele era muito bom. Parecia certo. Nada como quando eu beijava os outros caras.
                                  Mas eu só estava confusa.
                                  Né?
                               
 
                         

Oi, Gente!

              Faz tempo eu estava procurando uma foto pra fazer de capa pro Starry Night, e agora eu finalmente achei! A foto eu achei no site: www.weheartit.com, e eu achei que  a capa ficou linda!:
 
                 

                              Eu só não gostei da fonte, eu queria uma mais dramática.
                              P.S: Eu vou procurar uma imagem para fazer a capa de Rosa dos Ventos, também.
                              P.S.S: Gente, se eu não conseguir mais seguidores, vou ter que apagar o blog. Sinto muito, eu gosto muito de escrever aqui, mas eu tenho apenas duas seguidoras! Falem com seus amigos, amigas, vizinhos, professores, primos, namorados, até pras suas inimigas, mas por favor, peçam pra ele me seguirem! Eu realmente espero que eu não tenha q apagar o blog.


                              Bjs
                 
                              Mila

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Rosa dos Ventos capítulo 2

                       Eu irei ter que limpar todos os armários da minha escola. O diretor queria me expulsar, mas meu padrasto consegue ser muito persuasivo. Então eu consegui escapar com uma detenção, uma advertência e irei ter que limpar todos os armários da minha escola por um mês. Demais.
                       Mas não é só isso. Eu vou ter de limpar os armários junto com Roland Black.
                       Roland morava na minha casa. Tá, na verdade ele não mora na minha casa, mas  a casa dele é no meu quintal. O pai dele é o caseiro que trabalha na minha casa. Meus padrastos gostam muito dele, e eu também. Ele é um senhor muito legal e simpático. Mas o filho dele é meio estranho. Ele nunca fala com ninguém, além de ser pobre, um dos maiores crimes aqui na nossa escola. Apesar de ser bonito, com seus cabelos lisos negros como a noite e olhos cinza- claros. Roland é realmente muito bonito, mas eu já ouvi minhas amigas falando que antes de eu chegar aqui ele já tinha sido preso três vezes por tráfico de drogas. Resumindo, eu tento evitar ele o máximo possível, apesar de nós sairmos pra escola quase ao mesmo tempo, eu com meu BMW prata e ele com um Ford simples. É um contraste que chega até a ser engraçado.
                    Eu estava brisando durante a aula de história, quando eu me assustei com a campainha que avisava do fim das aulas do dia. Bem, pelo menos para todas as pessoas que não espancaram meninas na educação física. Pra mim avisava o começo do trabalho manual intenso e inútil. Afinal, nós não pagávamos os funcionários para isso? Eu realmente estava fula da vida.
                    Peguei os meus materiais e enfiei na minha bolsa Marc Jacobs púrpura e fui ao meu armário para guardá-la e esperar pelas ordens da vice-diretora.
                    Caminhei pelos corredores ao ar-livre da minha escola. Quando eu cheguei aqui, no meu primeiro dia de aula, fiquei surpresa com a magnitude dos cinco prédios de calcário branco com roseiras de todas as cores que você imaginar. No Brasil, não existem escolas desse jeito, com tudo quanto é tipo de flores, e grandes campos verdes com fontes de água cristalina espalhadas pelo território. Sem contar os caras. Eu só pensei UAU! Quando entrei pelo portão da frente e todos aqueles gatos olharam para mim. Devo dizer que é meio enjoativo, pois só tem surfistas loiros dos olhos azuis. E também sou obrigada a admitir que fiquei boquiaberta quando vi Roland pela primeira vez. Gosto mais de caras com o contraste cabelo-escuro-e-olhos-claros menos bombados do que os vários surfistas que me deram mole no caminho entre o portão e o meu armário. Mas nem tudo é perfeito não é?
                     Quando cheguei no meu armário, Stela e Marin já estavam á minha espera. Stela é uma loira (quase todo mundo aqui é loiro) e tem olhos azuis. Uma típica americana. Já Marin tem longos cabelos castanho e olhos pretos misteriosos.
                      - E aí, vamos ao shopping hoje á tarde?- Disse Stela.
                      - Não posso, tenho que limpar o eu closet, e vocês sabem que isso não é tarefa fácil. - Sem chance de eu contar á elas sobre a minha tarefa como o menino das drogas, mesmo que seja a escola que esteja me obrigando.
                      - Everest, você está bem? Está faltando a muitas idas ao shopping, e a Stela acha que você pode ter um namorado secreto.- Disse Marin.
                      Stela deu uma cotovelada em Marin murmurando "Psiu". Eu me limitei á rir. Stela era muito paranoica, e Marin fazia um contrapeso com ela. Enquanto Stela era infantil e sensível, Marin tinha um olhar de aço, lutava muitas arts marciais e nunca tinha sido vista chorando.
                      - Marin, eu estou bem. É que a minha madrasta está pegando pesado na limpeza e eu tenho de ajudá-la, porquê ela me acolheu e tal. E Stela, eu não tenho um namorado secreto. Não tenho nem namorado. Desculpem, gente, mas eu realmente preciso ir.
                      Com isso, eu me virei  e dei de cara com a vice-diretora, que me perguntou:
                      - Está pronta para botar a mão na massa?
                      Murmurei um sim e fiz uma carranca.
               
                   

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Rosa dos Ventos capitulo 1

                         Eu sinceramente não sabia o quê estava fazendo. Uma hora eu estava tentando passar a bola para Kile Dylan, que iria marcar um ponto, quando, do nada, Dani Henderson veio pra cima de mim, arrancando a bola das minhas mãos. Eu juro que nunca tinha enfiado o meu dedo no olho de alguém antes, mas ela simplesmente me tirou do sério. Afinal, eu praticamente já tinha marcado o ponto quando vem uma maluca me atacar. Mas, acho que a culpa pode ser da professora também. Ela sabe que eu não posso jogar nada em que alguém possa tocar em mim, se não podem acontecer coisas assim. No mês passado, no dia de esportes, em um jogo de handebol, meu punho foi parar na boca de um menino mais novo que estava entre mim o e gol.
                          Meu nome é Everest Bloom, tenho 16 anos, sou brasileira e faço intercâmbio no Canadá. Estudo no segundo ano do Colégio Trindade, em tradução livre. Meu intercâmbio também é familiar, o que significa que eu troquei de família com uma outra menina da minha idade. O nome dela é Vivian. Ela é bem diferente de mim, com cabelos negros e olhos castanhos doces. Já conversei com ela e, sinceramente, ela é uma fofa, mas é muito ingênua. Já eu, com meus cabelos vermelhos como o fogo, meus olhos verdes feito rubis,  meu corpo cheio de curvas, e minha personalidade forte, sou o contrário dela. Para ganhar a minha confiança, é preciso trabalhar muito. Minha família com certeza amou-a. Ás vezes acho que eles pensam que eu sou muito bocuda, ou sei lá o quê. Mas, minha nova família me aceitou bem. É claro que ele se chocaram com as diferenças no início, e o irmão de 14 anos dela deu em cima de mim assim que me viu (na verdade, ele ainda dá) mas aos poucos, eles tomaram um lugar especial no meu coração. Fico pensando se eles não são melhores para mim do que a minha família de verdade. Se você está se perguntando, sim, eles são ricos. O pai de Vivian é médico, e sua mãe é engenheira civil. Logo que eu cheguei, eles me deram um cartão de crédito para eu gastar com o que eu quisesse. Isso sim é uma família legal.
                           Mas, voltando ao assunto da minha "violência" contra Dani, eu agora estava na sala do diretor Devon, esperando meu padrasto (é assim que eu o chamo. Evito chamá-lo de pai) chegar e resolver a minha pena por ter agredido a cara daquela piranha. Eu sinceramente acho que ela ficou melhor com o olho todo vermelho. Isso vai fazê-la pensar duas vezes se ama aquela cara de pug dela antes de mexer comigo de novo.
                            - Senhorita Bree, pode entrar.
                            Inferno.

Starry Night, capítulo 22

                   Ah, meu Deus, ah meu Deus, ah meu Deus! Melody já estava haviam 5 minutos pensando apenas isso. Ela não conseguia acreditar que havia concordado com aquele plano maluco de fugir para um reino de sereias, atrás de seus pais, que ela acreditou estarem mortos por todo esse tempo.
                   O resto da noite, ela não pensou muito em outras coisas, apenas nisso, agindo automaticamente a tudo e respondendo monossílabos toda vez que alguém lhe perguntava algo.
                   Passaram-se dias, semanas, meses, com Melody se dedicando intensamente a escola, querendo    que seu último ano fosse bem antes de ela surpreender a todos fugindo com seu namorado aos 17 anos, na flor da idade.
                    Quando finalmente o ano escolar terminou,e a formatura se passou, Melody estava quase voltando atrás, mandando Daimen  fazer tudo sozinho.Mas ela  não podia.Não poderia dizer não á essa altura do campeonato. Não, ela iria fazer isso.
                     Finalmente, no dia 24 de dezembro, Daimen bateu á porta de sua suíte:
                     - Está na hora. Pronta?
                     - Vamos.
 
                                                                       FIM

                       

                                                  

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Starry Night Capítulo 21

                     -Oquê!?
                     - Melody, a esta hora Lhilson já se recuperou de ontem á noite e esta vindo atras de nós. Temos de fugir.
                     - Não posso fugir, Daimen. Oque a minha avó pensaria se me visse fugindo com o meu namorado, aos 17 anos? Ela teria um ataque cardíaco, sem contar que eu tenho que completar o ensino médio antes de qualquer coisa. Não posso jogar toda a minha vida no ar justo agora, em um momento tão importante quanto este.
                     - Você não entende como isso é importante? Não é como se nós tivéssemos escolha. Ou nós fugimos ou ele vem atrás de nós, e se ele nos pegar, irá me matar e te transformar em sua esposa.
                     - Ele não pode fazer isso. Seria contra a lei. Podemos telefonar para a polícia e pedir a prisão dele e tudo estaria resolvido.
                     - Melody, você realmente acha que uma coisa tão simplória como a lei irá impedir Lhilson? Você mesma viu como ele pode ser persuasivo.
                     - Daimen, se ele é tão perigoso como você diz, não faz sentido nós fugirmos, já que de qualquer jeito ele iria nos achar. O melhor a fazer é encarar ele de frente, mostrarmos que não temos medo!
                     Daimen jogou as mãos para o alto, em um gesto de frustração. Coisa que não surpreendeu Melody, que já estava acostumada á frustração das pessoas em relação a sua cabeça dura. Era uma coisa que sua avó dizia que ela havia herdado de sua mãe, igualmente teimosa.
                     - Melody, não posso perder você. Além de ser o meu emprego te proteger, eu também morreria se alguma coisa acontecesse com você sob a minha supervisão.
                     - Daimen, eu também te amo, mas você é meu namorado, e não minha babá. Não posso aguentar se você ficar me prendendo. Eu já tenho quase 18 anos, e não deixei de ser presa pela minha avó para arranjar um namorado paranoico. Sinto muito, mas e você será assim, me avise logo, e nosso relacionamento passa a ser apenas profissional a partir daqui!
                     Melody percebeu que falou tudo isso sem parar para respirar, e não se sentia nem um pouco sem folego. Estranho.
                     - Mel, me escute- Implorava Daimen- Não podemos ficar aqui por muito mais tempo. E, mesmo que fôssemos seguir seu plano, como iríamos derrotar Lhilson ? Quase nem conseguimos sair vivos na noite do baile, quanto mais matá-lo? Além disso, suspeito que Lhilson não esteja tramando sozinho.
                     - Como assim, Daimen?
                     - Melody, você não acha estranho que  de repente Lhilson surgiu do nada, quando você está tão perto de completar 18 anos,  justo a idade em que teria que assumir a coroa da Corte Suprema? Acho que ele está unido á alguém, alguém muito cuidadoso. Temos que tomar cuidado, Melody. Precisamos de ajuda.
                     - Daimen, e meus pais? Eles ainda estão vivos?Talvez eles pudessem nos ajudar.
                     - Melody,- Daimen suspirou, aparentando cansaço- Sim, ele estão vivos, mas não creio que possam ajudar. Eles já não são mais jovens omo antes e não podem sair do reino.
                     - Ora, então vamos ao reino! Tem que ter alguém que nos ajude! Não pode ser um reino descente sem nenhum soldado treinado para este tipo de situação!
                     - Melody, eles têm milhões de soldados competentes treinados para este tipo de situação, mas não tem como fazermos contato com eles, sem contar que eles não podem sair da água.
                     - Então, em vez de fugir, vamos esperar as férias e depois eu diga a minha avó que irei viajar sozinha, e vamos até lá, já que eles têm treinamento, podem nos proteger no caso de Lhilson nos seguir, o que sinceramente acho que não vai acontecer. Depois decidimos oque iremos fazer.
                     - Está bem.
                     - Agora, Daimen, será que você pode sair daqui para eu por uma roupa?
                     Daimen corou imediatamente, mas, graças a Deus não olhou para baixo, apenas murmurou um tímido "tá" e seguiu porta afora, deixando Melody sozinha com muita coisa a que pensar.    

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Starry Night Capítulo 20

                      Uma batida na porta de seu quarto. Ah, que ótimo, mais pessoas. Por que não me ignoram de uma vez? pensou Melody. Ela estava trancada em seu quarto desde ontem. Depois que Daimen a deixou sozinha no baile, não querendo ter de dar explicações, ela saiu correndo, mas, como havia vindo com Daimen, seu carro não estava lá, o que significou tomar chuva na cabeça por toda a madrugada enquanto fazia uma longa caminhada de volta para o hotel. Ao chegar no seu quarto, Melody não teve forças para fazer nada a não ser se arrastar para sua cama e esperar o sono a levar.
                       Agora, ela se levantava da cama e se arrastava para o banheiro em vez de para a porta. Talvez, se a pessoa da porta ouvisse o barulho do chuveiro e fosse embora. O processo robótico de tirar a roupa, os grampos, as jóias, e toda a fantasia de baile, ela se deixou levar, não pensando em nada além da tarefa d lavar seu corpo e seu cabelo loiro. Ao sair do box, ela já estava parecendo uma abduzida, se secando, passando os cremes caros que estavam no armário, penteando o cabelo molhado, e tirando o resto de maquiagem que sobreviveu ao banho. Melody saiu do banheiro seguida por uma nuvem de vapor, mais serena consigo mesma.
Tão serena que havia esquecido da porta. Foi ver se ainda havia alguém batendo. Havia. Merda, vamos acabar logo com isso. Melody abriu a porta toda de uma vez, esquecendo-se que estava apenas de toalha.
                      - Olá, eu sei que você quer alguma coisa aqui, mas poderia voltar depois? Agora eu estou realmente ocupada.
                      - Sinto muito, mas eu não posso esperar. Melody, você sabe que nós precisamos conversar sobre ontem á noite.
                      Daimen.
                      - Ah, oi, Daimen. Sim, precisamos conversar, mas, agora eu não posso.
                      - Estou vendo.- Melody olhou pela primeira vez diretamente para Daimen, e viu que ele olhava para sua toalha, que estava caindo e curta demais para poder ser vista por um menino, mesmo ele sendo seu suposto guardião.
                      Ela tratou de prender a toalha novamente, mas ela continuava muito curta.
                      - Então, você poderia ir embora para eu me vestir, por favor?
                      - Melody, você precisa me ouvir, você não está segura, precisamos resolver logo isso.
                      - Daimen, agora eu realmente não posso...
                      Daimen a pegou pela cintura, puxando-a para si, e encostando seus lábios nos dela. Melody ficou tão confusa no início que nem notou que a toalha havia caído, e ela estava nua beijando um menino no meio de um corredor de hotel, o que não deixaria uma boa impressão para alguém que passasse por ali, mas, felizmente o corredor não abrigava ninguém além deles dois.
                      Melody puxou Daimen para dentro de seu quarto e fechou a porta atrás dos dois rapidamente. Daimen não pareceu notar, ainda a estava abraçando pela cintura, o beijo rapidamente interrompido pela ação de fechar a a porta.
                      Ela se afastou, para tomar ar e para falar:
                      - E então, o que você queria falar comigo?
                      Daimen se afastou também, mas continuava abraçando-a. Só agora ela notava que estava nua. Mas ele não parecia se incomodar, e nunca desviava o olhar de seu rosto.
                      -Melody, nós temos que fugir daqui.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Starry Night Capítulo 19

                   Melody já havia ouvido falar sobre como quando você está em risco de morte, sua vida inteira passa diante de seus olhos, mas nunca sentiu isso de verdade. E não era como ela pensava que seria. Ela ficou congelada, sem poder se mexer, enquanto tudo escurecia e apenas as imagens de si mesma pequenina permaneciam. Sua infância, pré-adolescência, até no ano passado, m seu aniversário de 16 anos, na festa enorme que sua avó havia feito, tudo, desde momentos maravilhosos, como viagens com Erik, seus momentos românticos com Daimen, até o pior ano de sua vida, em que seus pais morriam e ela era mandada para a casa de sua avó. Lágrimas encheram seus olhos. Não era para ela viver esse momento de sua vida de novo.
                   De repente, tudo clareou e novamente Melody via um Lhilson totalmente descontrolado pulando sobre ela, com os olhos vermelhos faiscando. Ela ouviu um grito estridente, e só mais tarde percebeu que era seu. No momento, ela entrou em pânico e deu um passo para trás, fazendo Lhilson cair no chão, mas não por muito tempo, ele se levantou antes mesmo de tocar o chão, com a graça de um gato e começou a vir em sua direção. Apavorada, Melody correu em direção á porta, apenas para comprovar que ela estava trancada. Ela só sabia de uma coisa: Não iria morrer ali, nas mãos de Lhilson. Melody iria lutar.
                   Virando-se para seu suposto professor, Melody viu que ele havia se aproximado no meio-tempo em que ela havia tentado abrir a porta. Quer dizer, se aproximado mesmo. Seus corpos estavam á menos de 5     centímetros. E ele continuava á se aproximar, até Melody ficar prensada entre a parede e Lhilson, que a estava encarando, prendendo-a com seus olhos que agora Melody percebia, eram âmbar. Pareceu se passarem anos antes que Melody sequer conseguisse respirar. E, mesmo ao fazer isso, seu peito pressionou o de Lhilson, o que a fez ficar vermelha, e o fez se aproximar ainda mais, ao ponto de seus seios doerem.
                   Melody subiu o olhar para seu rosto, olhando naqueles olhos que á um segundo eram vermelhos, e agora estavam novamente á um lindo tom de âmbar, sem um vestígio de maldade. Qualquer um, ao olhar para aquele lindo homem, não poderia dizer que ele era horrível por dentro. Melody começou á entrar em pânico. Lhilson estava trazendo sua cabeça de encontro á dela, puxando Melody para seu corpo segurando-a pela nuca e pela cintura. Melody queria impedi-lo de fazer o desastre que estava prestes á vir, mas pareca que suas cordas vocais estavam derretidas. Ela não conseguia falar para ele parar nem que quisesse. E, sinceramente, ela não queria. Era apenas um beijo, o que poderia dar errado? Aliás, aquela criatura que a estava cobrindo com seu corpo jamais poderia lhe fazer algum mal. Mas ela sentia estar esquecendo  de alguma coisa importante. Algo realmente grande...
                 Foi nesse momento que Melody ouviu uma explosão do outro lado da sala.
                 Ao acordar do estranho encantamento que Lhilson estava lançando sobre ela, Melody o empurrou com a maior força que pôde, o que, ao que pareceu, era muita. Ele foi parar em cima da mesa de centro , o que a quebrou com o impacto, deixando apenas um monte de madeira amassada e um Lhilson muito desnorteado no lugar.
                  Melody não gastou muito tempo para conferir se ele estava bem, de alguma maneira ela sabia que ele se recuperaria da queda. Ela olhou para onde tinha ocorrido a explosão e viu um monte de entulho no lugar onde antes havia uma porta elegante de carvalho. Também tinha uma figura toda de preto olhando para Melody.
                  Daimen.
                  Ele tinha visto uma cena realmente estranha: Lhilson e Melody em um abraço realmente comprometedor, quase se beijando. Sem contar que a mão de Lhilson que estava em sua cintura havia descido um pouco mais do que devia. Na hora ela nem ligou, mas agora ao lembrar disso ela já sentia um calor subir ao seu rosto.
                  Melody saiu atrás de Daimen, mas ele já tinah saído por aonde costumava ser a porta e agora só havia um buraco.
                  Ele não olhou para trás.
             

domingo, 6 de maio de 2012

Starry Night Capítulo 18

                         Melody ficou tentada á recusar a estranha oferta de Lhilson, mas, pelo que Daimen havia dito, ela tinha poderes que poderiam matar ele em um segundo, então o que ela tinha á perder?
                         - Claro- Ela engoliu em seco.
                         Lhilson pôs a mão em suas costas e a conduziu para uma saleta afastada que Melody nunca teria notado se ele não a tivesse levado para lá. Ele pegou umas chaves do bolso e a girou na fechadura, fazendo a porta se abrir com um estalo, revelando um espaço que seria aconchegante se não fosse pelo perturbador leão empalhado em cima da lareira. Lhilson se sentou em uma poltrona e virou seus lindos olhos castanhos para ela, que continuava parada na porta, desconfiada.
                         - Sente-se, eu não mordo.- E abriu um sorrisinho malicioso.
                         Depois de muito tempo, Melody nunca conseguiu descobrir o porquê de ter levado aquela ordem tão á serio, mas, acho que se você estivesse lá por conta própria, você não teria feito diferente dela. Era como se aqueles olhos de aparência angelical a estivessem hipnotizando, seduzindo-a á obedecer.
                         - O que você quer?- Perguntou Melody.
                         - Calminha aí, não precisa falar assim, não vai demorar nada, apenas queria te avisar que eu sei de tudo o que rola entre você e seu "namorado" Daimen - Lhilson fez aspas com os dedos.
                         - Como assim "namorado"? Nosso namoro é de verdade! Não que isso seja da sua conta.- De repente, Melody sentiu raiva de Lhilson. O que ele tinha com seu relacionamento? O.K, seu relacionamento com Daimen não era lá as mil maravilhas, mas não era motivo para os outros saírem por aí comentando coisas que deveriam ser pessoais.
                         - Melody, você não entende. Agora que você sabe a verdade sobre o nosso mundo, deve saber também que eu faço parte dele. Eu sou o príncipe a quem você pertence. Dez de o começo, era para você ser minha noiva. E agora este hipócrita que se diz ser seu namorado está nos separando depois de tudo o que estava combinado! - Lhilson parecia ter se esquecido da presença de Melody na sala, imerso em pensamentos.
                        - Era para você ser toda minha, para sempre e nos tornaríamos a família real suprema, acima de todos! Mas, Daimen tinha que se meter no meio de tudo, estragando tudo.
                        - Espera aí! Primeiro, o que você quer dizer com "era para você ser minha noiva"? Que eu me lembre, eu não estava prometida de casamento para ninguém. Segundo, eu não sou um objeto para ser dada á alguém em um acordo. E, terceiro, eu não posso me casar com o senhor, você é meu professor! Credo, e é um pouco velho demais para mim, desculpe.
                        - Não, Melody, como você é ingênua, pensa que é tão forte, não é? Pois eu irei lhe mostrar uma coisa.
                        Dizendo isso, seus olhos ficaram vermelhos e pulou em cima de Melody.
  

sábado, 7 de abril de 2012

Starry Night Capítulo 17

            Primeiro, Melody arregalou os olhos, depois começou á rir, mas, ao ver que Daimen não estava rindo junto, ela parou.
            - O que você quer dizer com "eu sou uma sereia?" Isso por acaso é uma cantada?
            - Não, melody, eu quis dizer uma sereia de verdade, do tipo dos contos gregos.
            - Hum... Daimen, se você está meiio desorientado depois de toda aquela briga, eu entendo, mas agora você pode por favor me dizer o que você está querendo falar?
            - Melody, é uma história muito longa e trágica, mas você é uma sereia.
            - E você pode por favor, me contar essa tal história longa e trágica?
            - Melody, você tem que saber antes de ouvir isso que vai ser meio...hum... tralmatizante você saber como os seus pais realmente morreram.
            - Eu não me importo, merda! Conte-me logo, estou mandando!- Melody sabia que seu tom de voz era diferente: o de uma rainha. Pode ver que Daimen arregalou os olhos um pouco, espantado com sua ordem, por isso parou de discutir e começou á esplicar:
           - Melody, você não nasceu aqui. Você nasceu em 1399, em Paris. Seus pais de verdade eram russos, que se mudaram para lá ao descobrirem que sua mãe estava grávida. Você nasceu em uma cidade exatamente em baixo de uma catedral, um espaço submarino desconhecido. Sua mãe era a Rainha da Suprema Corte, a posição mais respeitada em seu mundo, o das sereias. Seu pai era um dreaclok o masculino de uma sereia. Seu nome de verdade, o que sua mão biológica lhe deu, era Miríade, e antes de você me perguntar, tinha barbatanas de verdade, como todos de sua espécie. Houve um ritual enorme celebrando o nascimento da nova Princesa Suprema, em que todos do reino compareceram em sua homenagem. Até a irmá de sua mãe, desaparecida há 300 anos. Ao ouvir as notícias de que você nasceu, ela não aguentou. Ela sempre teve ciúmes dela. Era para sua tia ser a Rainha, mas, em seus últimos momentos de vida, seu avô o concedeu para Breeze e nisso Síanide teve um ataque. Ela tentou te matar assim que soube da notícia completa, da nova herdeira do trono. Mas não conseguiu, então sua mãe decidiu desacordá-la e por alguns séculos e depois a mandou para o mundo dos humanos, com guardiões, que eram seus pais adotivos. Mas, pelo que vi, eles morreram á muitos anos e ninguém se preocupou com isso. Eu sou seu novo guardião, fui enviado para ver se você continuava bem.
             - Vcoê está me dizendo que até agora estava fingindo que gostava de mim?
             - Melody, você sabe que isso não é verdade, eu me apaixonei por você desde que a vi naquele elevador, mas isso não poderia acontecer. Eu tenho o emprego de protegê-la, se eu criar laços com você, não será mais facil para qualquer um atingi-la?
             - Mas, agora como nós ficamos?
             - Do mesmo jeito que estávamos, mas ninguem deve saber, e fique longe de seu professor, Lhilson.
             - Porque?
             - Digamos apenas que ele não é bom.
             - O.k, não é pedir muito.
             - Agora nós temos que sair daqui antes que começem á falar.
             - Vamos.
             Melody se virou e saiu rapidamente, se certificando de que estava normal, seguida por Daimen. Ao sair, ele se deparou com um Dick "p" da vida e com o nariz sangrando e o diretor do colégio, pedindo para o acompanharem á sua sala. Daimen relutou em deixar Melody sozinha e ela própria não queria ficar lá, mas não havia escolha. Daimen foi com o diretor, e Melody ficou olhando nervosa para o salão, até sentir alguém pegar seu braço. Melody gritou, mas é claro que ninguém ouviu sob aquele som absurdamente alto, e se virou bruscamente, atropelando a pessoa, para ver que não era ninguém menos do que Lhinson. Ele segurava uma rosa preta de verdade, o que Melody considerava impossível de existir, e a olhava com uma intensidade que a amedontrava, mas a atraía de alguma forma. Merda! Ela não estava atraida por ele de jeito nenhum, nunca!
            - Olá, Melody. Podemos conversar em um outro lugar?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Starry Night Capitulo 16

            O estacionamento de sua escola estava lotado. Parece que Melody era a única em sua escola que não gostava de bailes. Quando Daimen estacionou o carro, ela teve um súbito pensamento: Algo vai acontecer esta noite, e não é nada bom. Melody sabia que nada podia dar errado em um simples baile escolar, e muito provavelmente isso era mais nervosismo do qque paranoisa de sua cabeça, mas mesmo assim ela hesitou antes de sair quando Daimen abriu a porta para ela. Um sentimento de que ela não deveria estar lá era muito forte em sua cabeça.
           - Melody, você está bem?- A voz de Daimen a trouxe de volta com um solavanco.- Está com uma cara estranha.
          - Hum, não é nada. Estou apenas um pouco nervosa com o meu primeiro baile.
          Melody sabia que não o tinha convencido, mas fingiu não notar e ele parou de falar nisso também.
          Eles começaram á andar, em direção ao portão, que ficava do outo lado do estacionamento. Melody nunca tinha ido á um baile em nenhuma de suas escolas, mas tinha uma fraca ideia de como seria: Um concurso de beleza entre as meninas e os meninos vendo que consegue beber mais cerveja sem os professores notarem. Fora isso, a unica coisa que ela sabia era que eles decoravam o ginásio com um tema brega á cada ano. Este ano o tema era Baile Preto-e-Branco. Melody ouviu algumas meninas de sua sala discutirem se deviam seguir esta regra ou não, ir de vermelho. Parece que elas decidiram não seguir. Evlin estava com um vestido vermelho com contas até demais que quase chegava á ser uma blusa, com os enormes seios desproporcionais ao corpo pulando para fora. Melody sabia que se o recepcionista fosse uma mulher, ela iria botar Evlin para fora, chamando-a de prostituta, mas ninguém podia culpar o pobre aluno calouro por não tirar os olhos de Evlin. Todas as suas clones estavam de branco tão forte que brilhava no escuro, bem diferentes do vestido que parecia um céu estrelado de Melody, provavelmente para poderem se encontrar no meio de toda aquela fumaça.
         O ginásio estava decorado com grandes bolas de rosas pretas, brancas e vermelhas penduradas no teto, e em arranjos nas mesas. As paredes haviam sido encobertas por panos pretos cintilantes, assim como o teto, e tinha uma enorme mesa de bufê no meio do salão com todo tipo de comidas que se pode imaginar. A cabine do DJ era toda branca.
         Melody viu que todos os meninos a olhavam quase com selvageria, desejando-a em suas nuvens bêbadas, enquanto fuzilavam Daimen com os olhos. Algumas meninas a olhavam com desprezo, outras olhavem Daimen da mesma forma que os meninos olhavam Melody, enquanto outras simplesmente os ignoravam,
        Melody sabia como os dois deviam estar parecendo: Um casal de modelos que estavam á caminho de Milão, e só estavam ali porque queriam "uma vida normal".
       Ela podia sentir o rosto esquentando enquanto os meninos que já estavam bastante chapados iam em sua direção:
       - E aí, gatinha, que largar esse boiola em algum lugar qualquer e vir comigo pra uma aventura fantlastica?- Sua lingua se enrolou na última palavra.
       Melody lembrou que o nome deste brutamontes é Dick. Ele a havia cantado em seu primeiro dia na escola. Dick era um armário de cabelos loiro-escuros e olhos castanhos que eram quase pretos. Era da equipe de futebol americano da escola e já havia quebrado os dois braços de um menino com os dentes durante um jogo.
      Ao ver que Daimen trincou o maxilar e já estava avançando, Melody teve certeza que ele não tinha chances nesta briga, de jeito nenhum, então pegou seu braço e o fez olhoar em seus olhos, dizendo:
     - Essa briga não vale a pena, eles estão totalmente bêbados, não têm idéia do que estão fazendo.
     Ela podia sentir Daimen voltando ao normal quando Dick gritou:
     - O que foi, boiolinha, não vai entrar na briga por medo de quebrar a unha?
     Agora ele tinha provocado de verdade, e Melody não pode deter Daimen antes dele dar um grande soco na cara de Dick, que gritou, e, pelo jeito quebrou o nariz, pela sua voz. Ela, que havia sido lançada para trás por Daimen, e batido na parede do outo lado do salão com uma força surpreendente e inumana, correu de volta para o tumulto, que havia reunido muitas pessoas, com uma dor latejante na perna que a impedia de andar mas já estava sarando. Quando chegou, sua perna já esrava curada, o que era estranho, mas ela nem notou no calor do momento. A cena era estranha: Dick gritando e com a mão no nariz, que agora jorrava sangue, e Daimen á sua frente, dizendo para ele pedir desculpas á Melody. Antes eu era a excluída da escola, agora eu vou ser a excluida com um namorado paranóico. Ela estava pensando quando viu que Dick agora estava se dirigindo á ela, pedindo desculpas por ter sido um babaca.
      Melody aceitou as desculpas rapidamente e puxou Daimen da multidão, sem ligar para o que a multidão de pessoas iria pensar e puxou ele para uma sala de equipamentos esportivos, ignorando a placa que pedia para não entrar lá.
     - O que foi aquilo?!
     - Você viu o que ele falou para você? Ele bem que precisava de uma lição, você sabe.
     - Não estou dizendo isso. Você me jogou do outro lado do ginásio, á dez metros de distância e ainda assim eu quebrei a perna com o impacto! Isso não é normal, e não venha me dizer que você tem algum tipo de distúrbio ou algo assim, porque eu sei que não é o caso. Então me diga logo: O que foi aquilo
     - Melody, eu não sei se você está pronta para saber a verdade...
     - O.K, então o nosso namoro termina aqui, se você não confia em mim.
     Melody se encaminhou para a porta, mas quando sua mão encostou na maçaneta Daimen pegou seu pulso, puxando-a para perto dele no minúsculo armário, para fazê-los ficarem cara-a-cara.
     - Melody, você quer mesmo saber a verdade sobre a sua hitória?
     - Sim, mas o que você tem...
     Daimen interrompeu-a:
     - Melody, você é uma sereia.

        

sábado, 24 de março de 2012

Starry Night Capítulo 15

                      -Vamos, Mel. Você deve estar linda, não tenha vergonha!
                      Melody estava trancada no banheiro ouvindo sua avó pedindo para ela sair fazia mais ou menos cinco minutos. Daimen deveria vir buscá-la a qualquer minuto e ela já havia posto o vestido e se maquiado, mas estav morrendo de medo de olhar no espelho, e ainda mais medo de mostrar para alguém.
                      - Melody, eu que paguei por tudo isso, e não posso devolver. Não se atreva a dar para trás na última hora e não usar um vestido em que eu paguei R$ 10000,00!
                     Isso deu coragem a ela, que quase arrancou a porta das dobradiças ao abri-la.
                     - Você  pagou o que!?
                     - Ah, Melody, você está linda! Olhe no espelho!
                     Melody obedeceu e olhou para o lado, esquecendo totalmente de sua pergunta que ficaria sem resposta. Ela arfou.
                     Seu vetiso era maravilhoso. Ela o comprou pensando no céu estrelado da noite. Ia até os joelhos, era preto e tinha mil contas pratas na parte de cima, que iam sumindo aos pouquinhos. Só depois que ela percebeu que era igual á um que a Taylor Swift havia usado (foto abaixo):
    
Seu sapato não era de nenhuma marca conhecida. Na verdade, elas o haviam avistado no caminho do cabelereiro e o haviam amado.Era todo preto, com um salto enorme com que Melody havia se atrapalhado no começo.(Foto abaixo):

O cabelerereiro havia feito uma hidratação intensa em seu cabelo, que agora descia em ondas sobre seus ombros até sua cintura, com um simples grampo com uma estrela de diamantes bem pequena que apenas aparecia pelo seu brilho intenso. Era a única jóia que Melody havia deixado Maria comprar.
                       Elas ouviram uma batida na porta. Melody correu em sua direção, mas Maria foi muito mais rápida. Enquanto Melody ainda estav contornando sua cama enorme, ela já estava na porta. Grande velocidade pra uma senhora idosa. Ela estava mesmo curiosa sobre como era Daimen, afinal ,só sabia como ele era á base das descrições de Melody, que não eram lá muito precisas.
                       - Olá, você deve ser Daimen. Melody já está quase pronta, pode esperar em seu quarto. Agora pode avisar á ela que eu tenho um reunião política e já estou indo? Boa sorte, ela está um pouco tímida.
                       Daimen lhe deu um sorriso e acenou a cabeça em um sim.
                       Melody nunca pensaria que sua avó a deixaria sozinha com um menino em sua vida, ainda mais em sua próprio quarto, mas parecia que elas haviam estabelecido uma conecção de vó e neta, em que confiança era importante.
                       Melody tentou ir ao banheiro, mas Daimen parecia saber que ela queria sumir, então a agarrou pela cintura bem á tempo. Ele á levou para a cama e a sentou ali, sinallizando para não levantar. Mellody abriu os braços:
                       - E então, o que achou?
                       Daimen a olhou de cima a baixo, parando um pouco no pescoço dela, o que a deixou um pouco desconfortável.
                       - Você está linda.- E lhe deu um sorriso que podia encantar qualquer pessoa.                         - E você não está nada mal.
                       Na verdade, Daimen estava mais do que nada mal. Ele estava lindíssimo. E o pior era que ele não havia se esforçado para ficar lindíssimo. Ele estava com um terno impecável, todo preto e branco. Apenas isso. Sem nenhuma referência, ou acessório. Nada. E ainda sim estava maravilhoso, era impressionante.
                       Eles saíram do quarto de Melody rumo ao estacionamento do hotel. Apesar dela não gostar disso, eles iam para a escola no carro de Daimen.
                       Melody e ele entraram no carro e saíram do território do hotel. Foi quando Melody teve seu primeiro prescentimento ruim.
 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Starry Night Capítulo 14

                           As semanas foram passando bem rápido. Mais rápido do que Melody gostaria que andassem. Ela sabia que logo, logo teria que ir procurar um vestido para o baile, coisa que nunca fez, já que quando seus pais morreram ela ainda era muito nova e depois de morrerem, ela nunca mais se deu ao trabalho de ir a um baile da escola. Em seus sonhos infantis de quando tinha sete anos, ela ia ás compras com todas as suas melhores amigas, comprava o vestido perfeito, e, no fim do baile, beijava o menino dos seus sonhos, agora desejava apenas que pudesse ficar em casa, comendo pipoca, e vendo reprises de Glee na Fox. Mas ela sabia que esse momento teria que chegar, e agora, estava na loja da Prada, depois de já ter olhado nas lojas Dolce & Gabbana, Gucci, e Channel. ao saber que Melody finalmente iria á um baile de escola, sua avó havia pirado e dito ela devia possuir o vestido, sapato, bolas, e maquiagem mais bonitos da festa. Melody não queria decepcionar sua avó, e por ela, elas teriam levado o primeiro vestido que provou, mas parecia que Maria tinha que ter o gostinho de fazer compras com sua neta.
                            - Eu gostei desse. Podemos levar agora?- Melody disse pela milionésima vez nesse dia. Ela estava esperimentando um vestido rosa com purpurina por todo o corpete, e luvas até os cotovelos. Não era muito o seu estilo, mas qualquer coisa para ir logo embora, antes que uma menina de sua escola a visse.
                            - Mel, eu sei que você odiou ele. E você já falou isso dos últimos dez que experimentou. Poxa, não dá para pelo menos fingir mais ânimo?
                            - Sinto muito, vovó. É que eu nunca fiz isso na minha vida. E nos meus sonhos eu não estava comprando vestidos com a minha avó, sem ofensas. Depois que eles morreram, eu nunca mais me preocupei com isso.
                           - Então deixe-me tirar essas preocupações de seus ombros por pelo menos um dia, Melody. Vamos ter um dia de beleza, só para você. Diga sim, vai?
                           - Eu não sei, vó.
                           - Ande, deixe.
                           - Mas...
                           - Vamos logo ao cabelereiro!- Maria pegou a mão de Melody e elas correram em direção á porta da loja.
                           Não é que Melody não queria resistir, mas como o baile era nesta noite, ela sabia que o sonho de sua avó era ver sua neta indo á um baile com uma garota normal, mais linda do que o normal, com amigas e um par. Ela nunca poderia fazer isso, mas podia pelo menos fingir para sua avó.
                           Maria estava muito animada mesmo, por isso, marcou hora no cabelereiro mais chique da cidade, serviço completo, cabelo, unhas, massagem, e maquiagem, coisa que ela nunca havia feito. Como era duas horas da tarde ainda e o horário marcado era quatro horas, elas foram procurar por roupas novas para Melody, que, mesmo odiando admitir, eram realmente lindas. Maria disse que ela não devia estar realmente bonita por apenas uma noite. Mesmo não concordando com isso, Melody não podia dizer não para ela. Elas passaram de loja em loja, da Barney's até a Channel novamente, comprando milhões de coisas. Quando finalmente havia esgotado o tempo e elas tinham que voltar para o cabelereiro, a única coisa que faltava comprar era o vestido, justo o mais importante. Em todas as lojas, Melody experimentou a maioria dos vestidos, e não gostara muito de nenhum. Até voltar para a loja Prada. A vendedora mostrou á elas todos os modelos, até que Maria disse que queria os modelos da próxima coleção. Melody prendeu a respiração. Não tinha como Maria comprar um vestido da próxima coleção, ela podia não saber de nada, mas sabia que a próxima coleção era para a Fashion Week, ou seja, eles eram ultrasecretos. Sem chance.
                            Sua avó ainda encarava a vendedora insisivamente. A moça finalmente disse:
                            - Não está disponível, senhora.
                            - E se eu disser que posso pagar este valor por um vestido da nova coleção? - Maria escreveu o valor em um papel o valor. A moça arregalou os olhos e foi em direção ao estoque.
                            Maria deu um risinho e rasgou o papel, sem deixar que Melody visse o número de zeros que ela havia escrito.
                            A moça voltou correndo para a loja com montes de capas de roupas prata. Melody deu um passo á frente e pegou as roupas dos braços da mulher com todo o cuidado, e foi para os provadores. Ela abriu todos os sacos plásticos e olhou os vestidos deslumbrantes que estariam nas passarela na semana que vem. O último que abriu, Melodu teve um sobressalto. Era perfeito. Melody o provou e saiu, mostrando á sua avó o lindo vestido. Elas pagaram por ela e foram ao cabelereiro, felizes da vida.                           

terça-feira, 20 de março de 2012

Starry Night capitulo 13

                             Melody e Daimen já deviam saber que não seriam um casal para passar despercebido, mas não era de se esperar que, na hora em que estacionassem os carros, todo o estacionamente ficaria em silencio, um verdadeiro milagre, ja que, como eles haviam perdido as primeiras duas aulas, era hor ado almoço e toda a escola estava ali, olhando-os de olhos arregalados.
                             Melody apertou o passo, mas Daimen parecia perfeitamente á vontade sendo o centro de tudo. Ela viu pelo canto do olho Evlin cochichando alguma coisa no ouvida de uma de suas clones e as duas darem risadinhas. Clones escrotas, pensou Melody.
                             Quando eles finalmente chagaram aos degrais do pátio, qie lavavam ao corredos das salas de aula, Melody sentiu um formigamento nas costas, começando na raiz dos cabelos e indo até o dedão do pé. Ela olhou rapidamente para o lado, e sentiu Daimen fazer o mesmo no exato segundo. Ao ver quem os oobservava, Melody reprimiu um grito.
                             Lhilson estava encostado em um armário é sua direita, relaxado como se estivesse lá desde sempre. Vestia um camisa pólo lacoste azul escura, jeans de marca e tênis Adidas, seu cabelo loiro estava lindo como sempre e ele tinha um sorrisinho malicioso nos lábios. Ele definitivamente não parecia um professor do esnino médio. Parecia mais um modelo que veio visitar uma escola para contribuir para um projeto social, ou coisa assim. Ele comia (kkkkkkk) Melody com os olhos.
                            - Senhorita Melody, eu estava justamente pensando em você. Tem algum motivo especial para ter faltado á minha aula?
                            - Hum, eu estava trancada no elevador do meu prédio com Daimen. Ficamos lá por horas.
                            - E vocês estão hospedados no mesmo hotel?
                            Melody ficou morrendo de vontade de falar que ele não tinha nada com isso, mas em vez disso, ela disse:
                            - Sim, estamos.
                            - Hum.
                            - Em quartos separados, é claro.
                            - Sim, claro.
                            Seu tom de voz deixava claro que ele não acreditava nisso.
                            - E vejo que se conheceram melhor no tempo em que ficaram confinados. Seu olhar se recaiu sobre suas mãos entrelaçadas. Melody puxou sua mão como se a de Daimen estivesse queimando.
                            - Hum, é melhor nós irmos andando, ou vamos perder o resto do almoço.
                            Melody puxou Daimen com um pouco mais de força do que era realmente necessário. Ela apressou o passo, parando para olhar para trás a cada cinco segundos, com medo de Lhilson segui-los. Foi apenas quando eles viraram á direita no fim do corredor que ela sossegou. Melody continuava distraída, e quase deu de cara co um cartaz na parede, o que teria sido um feito muito incrível, já que praticamente todas as meninas de sua escola estavam olhando para o tal cartaz. Melody deu uma olhada, e, ao ver o que estava escrito, sentiu seu estômago afundar:
                  
                                                         O Baile de Inverno está chegando,
                                                         se preparem, e arranjem um par!

                              Ai, meu Deus! Pensou Melody. Todas as suas escolas faziam três bailes por ano, e ela nunca havia ido em nenhum. Para quê ir á escola em um sábado, quando não tinha nenhum amigo, e muito menos saco? Para quê se arrumar para ser humilhada pelas meninas populares? Não, obrigada. Ela estava prestes a comentar isso com Daimen quando ele disse:
                            - Você quer ir comigo?
                            - O quê? Aonde?
                            - Ao baile. Você quer ir comigo?- Repetiu ele.
                            - Hum, sim.
                            Daimen lhe deu um sorriso de 1000 watts, a abraçou, e eles foram á caminho da aula de Quimica.
                            A sala de quimica não era muito longe do corredor onde eles estavam, então Melody e Daimen não chegaram atrasados á aula atrasados. Assim que entrou na sala de aula, Melody não conseguiu reprimir um suspiro. Evlin estava sentada em uma carteira no fundo da sala de aula, fazendo sinal para Daimen sentar-se ao seu lado.  Que ótimo, ela matou a última aula. Mas, aparentemente, Daimen não estava sabendo da antipatia á primeira vista das duas (apesar da escola toda estar sabendo), então foi em direção á ela, se sentando no outro lado de Evlin e sinalizando para Melody se sentar do seu lado disponível, o que não seria possível se ele tivesse se sentado na carteira que Evlin havia escolhido para ele. Assim que ela se sentou, Evlin disse para Daimen:
                            - Oi!- E para Melody, disse-  Oi, Melotária.
                            Melody não respondeu, apenas se escondeu sobre seus cabelos. Mas, Daimen não deixou barato:
                            - Você já conhece a minha namorada, Melody?-  Ele botou ênfase em seu nome.
                            - Claro. Somos da mesma turma de Estudos Sociais. E nos demos muito bem.
                            - Sim, estou vendo.
                            Melody deu um riso de nervoso. Será que o professor não podia chegar logo e acabar com isso?
                            - Hum, acho que não estou enchergando muito aqui. Vou passar para frente.
                            - Eu também- Disse Daimen.
                            Melody ficou com medo de Evlin fazer algum comentário sarcástico, ou alguma provocação, mas ela ficou calada enquanto Melody recolhia seus materiais e se sentava na carteiramais distante de Evlin da sala de aula.
                            Finalmente, o professor entrou na sala, era um homem miúdo, de olhos de rato que se vestia como seu avô. Enquanto ele dava sua aula, falando monótonamente sobre a matéria da apostila, Melody ficou olhando fixamente para o relógio, torcendo para o sinal tocar logo. Ela podia sentir os olhares feios de Evlin e os olhares preocupados de Daimen ás suas costas. Ela evitou olhar para qualquer um dos dois.
                             O sinal tocou, um som lindo aos ouvidos de Melody. Ela reuniu seus mateirais com calma, á fim de evitar Evlin na saída. No fim, restarm apenas Melody e Daimen na sala.
                              - Então, qual é a da garota que te odeia e gosta de mim?
                              - Hum, nada de mais, eu entrei na sala, ela me chamou de Paris Hilton falsificada, me ameaçou, etc.. Nada de mais.
                              - E o que você fez para irritá-la tanto?                            
                              - Aparentemente, eu estou tentando roubar sua coroa de rainha da escola.
                              - Bem- vinda, Magestade.- Daimen fez uma reverência.
                              - Pára com iso!- Melody teve um ataque de risos.
                              Eles saíram da sala, quase esbarrando em Evlin, que estava com a orelha espremida na porta.
                              - Então, vocês estão mesmo juntos, não é?
                              - E você com isso?- Perguntou Daimen.
                              Ela deu um suspiro de resignação e saiu atropelando todas as pessoas que estavam saindo da aula.
                              Melody de Daimen se olharam e deram outro ataque de riso.
                              Melody se despediu de Daimen e foi para a aula de Matemática. O reto do dia foi totalmente chato.
                             Quando começou á tocar a nova música da Madonna anunciando o final da aula, Melody correu para o estacionamento, onde Daimen a esperava em frente ao seu carro com um buquê de orquídeas lilases. Eles deram um beijo de despedida e Melody pegou o buquê das mãos de Daimen.
                              Melody entrou em seu carro e deu partida, rumando para o hotel, aa mesma direção de Daimen.

sábado, 10 de março de 2012

Starry Night Capítilo 12

                        - Então, você não gosta de nada do que a sua avó te dá? Essa é boa!
                        Eles estavam deitados no chão do elevador conversando á horas. Já que pelo jeito eles iriam passar mas da metado da manhã, não fazia sentido contunuarem se ignorando. Quando deu por si, Melody estava se abrindo com um garoto que já estava se tornando um grande amigo seu.
                        - É verdade, eu juro! Uma vez, no meu aniversário de treze anos, ela marcou um encontro pra mim.
                       - Isso não é tão mal.
                       - É, não seria tão mal, se não fosse com o Mister Universo. Você devia ter visto, eu fiquei morrendo de vergonha. No final do jantar, eu corri para o banheiro e vomitei tudo o que tinha comido. Aliás, ele era mais burro do que uma porta.
                      - E você liga para isso?
                      - Claro! De que adianta o cara ser lindo se a única capacidade dele é sorrir de uma forma que é quase assustadora?
                      - Você é muito diferente de todas as meninas da nossa escola. Logo no primeiro dia de aula, já estavam todas caindo em cima daquele novo professor que você disse que era bonito. Eu ouvi algumas garotas dizerem isso no almoço. Elas estavam tramando de se trancar com ele em uma sala, sozinhas. Ás vezes, as meninas fazem cada coisa por amor.
                     Melody já estava feliz por ter perdido a primeira aula do dia, que era dada por Lhilson, então ela não queria ficar em uma sala cheia com ele, muito menos sozinha. Ela ainda não havia se esquecido de seu sonho.
                    - Eu não acho ele tão bonito assim ao ponto disse tudo. Ele me parece muito estranho, com essa história de que seus pais morreram também. Eu não gostei dele.
                   Daimen captou a antipatia extrema na voz de melody, mas não disse nada.
                   - Então, - Disse Melody, ansiosa para mudar de assunto.- e a sua família? Você nunca falou nada dela, é muito fechado em relação á tudo, sabia?
                  - Não é da sua conta.
                  - Viu o que eu disse? Você é fechado. Na minha opinião, foi magoado á muito tempo e tem medo de ser magoado de novo. Parece que você esconde agum segredo. Se você o contasse á alguém, aposto que seria bem mais fácil superar esse tal tralma que o atingiu.
                 - Quer saber? Você pode até estar certa em relação a tudo isso, mas eu não estou pronto para me abrir com niguém, muito menos com você, Lilian!
                - Lilian!?
                - É, você vive.... - Mesmo no escuro em que o elevador se encontrava, Melody pôde ver a compreenção se espalhando no rosto dele, que aos poucos foi ficando vermelho. Daimen ficou sem falar por muito tempo até abir a boca novamente.
                - Eu sei o que você está pensando, e não é o que parece.
                - Então o que eu estou pensando?
                - Que Lilian é minha namorada e que ela é que me magoou, o que não é verdade.
                - Então qual é a verdade ?
                - Eu não posso dizer agora, mas logo você irá ter que saber. A lua nova já está chegando.
                - Como é?
                Mas derrepente Daimen a estava beijando, o que Melody tinha certeza que era para distraí-la do assunto. eles ficaram um bom tempo daquele jeito, deitados no chão do elevador. De repente, as luzes se acenderam ,o elevador deu um brusco tranco e recomeçou a descer o prédio. Melody rapidamente saiu de cima de Daimen e ficou de pé, enquanto Daimen ainda demorava um pouco a se levantar.
                - Ei, calma, não é como se as luzes tivessem olhos. Ainda estamos sozinhos.
                Ele começou a se aproximar de novo e Melody se deixou abraçar,  afinal, não havia como continuar a pensar que eles poderiam ser apenas amigos depois desses longos beijos e dos outros beijos que eles haviam dado antes de tudo. Eles eram namorados, pronto, simples assim.
                Eles ainda estavam no andar 47, então tinham tempo para conversar.
                - Então, agora somos namorados?
                - Claro. Mas vamos tornar isso mais oficial- Daimen se ajoelhou no elevador e pegou sua mão.
                - Você, Melody Malvin, aceita ser minha namorada?
                - Hum, você está me pedindo em namoro ou em casamento?
                - Apenas responda a minha pergunta.
                - Sim, Daimen, eu aceito ser sua namorada.
                Daimen se levantou alegremente, a tomou nos braços e a beijou.
                Finalmente, o elevador se abriu e o saguão apareceu na frente deles.
                Melody e Daimen saíram do elevador de mãos dadas.