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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Rosa dos Ventos capítulo 3

                    Roland já estava com os produtos de limpeza prontos quando eu e a vice-diretora chegamos. Devo dizer que, mesmo ele sendo um traficante de drogas marginal, ele era realmente lindo com a blusa preta, os jeans e as botas de segunda mão. Quem passasse por ali naquele momento iria se surpreender em me ver com o meu vestido Burberry roxo ao lado de um menino que parecia do tipo que me roubaria numa boa.
                     A mulher me empurrou de maneira não muito delicada em direção aos baldes e esponjas que estavam no chão e virou as costas rapidamente, como se soubesse que se não fizesse isso eu iria lhe dar um soco no meio da fuça.
                      Sem dizer nada, Roland pegou uma esponja e começou a esfregar um armário á sua direita. Resolvi fazer o mesmo.
                       Nós ficamos lá por duas horas, eu com medo de perguntar alguma coisa, e ele sem interesse. Estava começando a char que realmente não aguentaria mais aquele tédio e falaria qualquer coisa, quando a vice-diretora voltou.
                        - Você, menina- Depois dessa eu passei a odiar ela com todas as minhas forças-, pode ir embora. Da próxima vez, pense bem antes de agredir uma de suas colegas.- Não posso dizer aqui o que eu pensei em dizer naquela hora, mas digamos, que eu seria expulsa em um segundo se pusesse o meu pensamento em palavras.- E você, senhor Black- Ela falou o sobrenome de Roland de uma forma que dava a entender que já estava acostumada a falar com ele no castigo.-, você vem comigo para a sala do diretor.
                        Com isso, ela pegou Roland pelo braço e levou ele embora, me deixando sozinha lá. Antes que ela voltasse, peguei minha bolsa e corri para o estacionamento.
                        Não havia notado que já estava de noite, mas o céu já estava realmente escuro. E, infelizmente, a escola escolheu justamente aquele dia para não acenderem as luzes externas. Olha, eu não sou medrosa nem nada, mas, a minha escola era muito grande e, tipo, qualquer maníaco poderia escalar os muros e me raptar, que ninguém nunca descobriria. Tudo bem, eu estava exagerando, existiam as câmeras de segurança, mas mesmo assim, não deve ser nada legal ser raptada e eu não queria experimentar aquela experiência.
                         Assim, corri que nem uma maluca até o meu carro, o que não era tarefa fácil com os meus lindos saltos. Quando finalmente cheguei até ele, estava tentando achar a porcaria da chave na minha bolsa, quando ouvi uma voz às minhas costas:
                          - Saindo da escola à noite? Não deveria andar por aí sozinha, querida, existem muitos caras maus por aí.
                          Reprimi um grito. Olhei para trás para dar de cara com um homem que devia ter uns 23 anos. Viu o que eu disse? Ele tinha cabelos pretos oleosos, olhos castanho-escuros, e um nariz de batata. Sério, se era pra eu ser sequestrada, não poderia ser por um cara bonito?
                          - Na verdade, eu estou esperando o meu namorado. Ele ganhou uma medalha em luta livre e nós viemos pegá-la para de pois sair para comemorar.
                          Tá bom que eu ia dizer para aquele pervertido que estava sozinha, e, meter algum medo nele também não seria nada mal.
                           Infelizmente, o cara ou era muito burro, ou estava num porre daqueles, ou tinha gostado muito de mim, por que, além de uma leve centelha de medo que brilhou nos olhos dele durante um segundo, não foi esboçada nenhuma mudança em seu olhar que estava pousado sobre meus seios sem a menor cerimônia.
                           Decidi fazer conversa mole, afinal, alguma hora alguém iria olhar pela janela e nos ver.
                           Não é?
                           Bem, talvez não.
                           Ai.
                           - E você acha que ele vai demorar lá dentro, gatinha? Podíamos nos divertir enquanto isso. O que acha?
                           - Não, obrigada. Ele já deve estar saindo.
                           - Ei, gata, não se assuste. Eu sou um cara legal. A propósito, meu nome é Jonathon, mas pode me chamar de Jon.
                            Ele estendeu a mão, mas, ao ver que eu não iria apertá-la, recolheu-a.
                           - Sabe, tenho que ir, adeus. - Eu disse
                           - Ei, e o seu namorado?
                           - Ele pode me encontrar depois na minha casa. Tchau.
                           Mas Jonathon não ia desistir com tanta facilidade. Quando abri a minha bolsa para pegar a chave, eu me virei de modo que ficasse de costas para o carro. Nisso, ele cruzou o espaço entre nós e chegou perto de mim. Tipo, bem perto mesmo. Nossos corpos estavam comprimidos um contra o outro, e ele estava com a mão na minha coxa, quase entrando por baixo do meu vestido. E eu não gostei daquilo. Quem gostaria? Então, apesar de sempre ter me recusado a pedir socorro, dessa vez dei um grito que devem ter ouvido lá da China.
                             Quando dei o grito, Jonathon comprimiu mais ainda o corpo contra o meu, me prendendo contra o carro de uma forma que eu não conseguia nem respirar direito, quanto mais gritar. Ele meteu a mão boba debaixo do meu vestido e a estava  pondo dentro da minha calcinha quando ouvimos uma voz masculina:
                              - Solte-a agora, seu filho da @#$%!
                               A essa altura, eu já estava chorando desesperada e nem vi direito quem era. Apenas sabia que quem quer que fosse estaria ferrado.
                              - Me obrigue.- Jonathon disse.
                              - Tudo bem, mas você que pediu por isso.- Dessa vez minhas lágrimas deram trégua e eu pude ver que era Roland falando. Sério? Ele iria se meter em uma briga com aquele cara? Jonathon era puro-músculos que não eram de enfeite, pelo que pude perceber por seu aperto. Roland era forte, mas ainda estava no ensino médio e  tinha bem menos músculos.
                              Mal eu tinha concluído esse pensamento, Roland se atirou sobre nós  arrancou Jonathon de mim, o que fez eu cair no chão de quatro no chão, parecendo uma patética. Roland deu um soco e um chute incríveis para alguém da idade dele com aquele físico, e Jonathon caiu no chão, gemendo.  Não aquentei isso. Então,todo o medo se transformou em raiva. Raiva de ter que ser salva pelo garoto das drogas. Raiva por ter sido vista em um momento de fraqueza. Raiva por ter passado por essa experiência vestindo a máscara da vítima.
                               Me levantei, andei em passos firmes até o pervertido, e dei um chute forte mesmo nas "partes intimas" dele. E gritei:
                               - Se você sequer olhar para mim de novo, seu @#$%, eu juro que arranco o seu p@#%&, e o costuro no meio da sua testa, pra apagar logo esse seu fogo no rabo!
                               Jonathon reuniu forças e conseguiu sair correndo antes que eu lhe desse outro chute. Ele nunca mais conseguirá ter filhos.
                               Nesse momento, eu desabei no chão e comecei a chorar desconsolada, de vergonha. Nunca havia passado por uma situação daquelas antes. E nem liguei quando Roland me abraçou. Na verdade, me aconcheguei no peito dele e chorei tudo o que não chorava havia sete anos. Estar nos braços dele era muito bom. Parecia certo. Nada como quando eu beijava os outros caras.
                                  Mas eu só estava confusa.
                                  Né?
                               
 
                         

Oi, Gente!

              Faz tempo eu estava procurando uma foto pra fazer de capa pro Starry Night, e agora eu finalmente achei! A foto eu achei no site: www.weheartit.com, e eu achei que  a capa ficou linda!:
 
                 

                              Eu só não gostei da fonte, eu queria uma mais dramática.
                              P.S: Eu vou procurar uma imagem para fazer a capa de Rosa dos Ventos, também.
                              P.S.S: Gente, se eu não conseguir mais seguidores, vou ter que apagar o blog. Sinto muito, eu gosto muito de escrever aqui, mas eu tenho apenas duas seguidoras! Falem com seus amigos, amigas, vizinhos, professores, primos, namorados, até pras suas inimigas, mas por favor, peçam pra ele me seguirem! Eu realmente espero que eu não tenha q apagar o blog.


                              Bjs
                 
                              Mila