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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Starry Night Capítulo 19

                   Melody já havia ouvido falar sobre como quando você está em risco de morte, sua vida inteira passa diante de seus olhos, mas nunca sentiu isso de verdade. E não era como ela pensava que seria. Ela ficou congelada, sem poder se mexer, enquanto tudo escurecia e apenas as imagens de si mesma pequenina permaneciam. Sua infância, pré-adolescência, até no ano passado, m seu aniversário de 16 anos, na festa enorme que sua avó havia feito, tudo, desde momentos maravilhosos, como viagens com Erik, seus momentos românticos com Daimen, até o pior ano de sua vida, em que seus pais morriam e ela era mandada para a casa de sua avó. Lágrimas encheram seus olhos. Não era para ela viver esse momento de sua vida de novo.
                   De repente, tudo clareou e novamente Melody via um Lhilson totalmente descontrolado pulando sobre ela, com os olhos vermelhos faiscando. Ela ouviu um grito estridente, e só mais tarde percebeu que era seu. No momento, ela entrou em pânico e deu um passo para trás, fazendo Lhilson cair no chão, mas não por muito tempo, ele se levantou antes mesmo de tocar o chão, com a graça de um gato e começou a vir em sua direção. Apavorada, Melody correu em direção á porta, apenas para comprovar que ela estava trancada. Ela só sabia de uma coisa: Não iria morrer ali, nas mãos de Lhilson. Melody iria lutar.
                   Virando-se para seu suposto professor, Melody viu que ele havia se aproximado no meio-tempo em que ela havia tentado abrir a porta. Quer dizer, se aproximado mesmo. Seus corpos estavam á menos de 5     centímetros. E ele continuava á se aproximar, até Melody ficar prensada entre a parede e Lhilson, que a estava encarando, prendendo-a com seus olhos que agora Melody percebia, eram âmbar. Pareceu se passarem anos antes que Melody sequer conseguisse respirar. E, mesmo ao fazer isso, seu peito pressionou o de Lhilson, o que a fez ficar vermelha, e o fez se aproximar ainda mais, ao ponto de seus seios doerem.
                   Melody subiu o olhar para seu rosto, olhando naqueles olhos que á um segundo eram vermelhos, e agora estavam novamente á um lindo tom de âmbar, sem um vestígio de maldade. Qualquer um, ao olhar para aquele lindo homem, não poderia dizer que ele era horrível por dentro. Melody começou á entrar em pânico. Lhilson estava trazendo sua cabeça de encontro á dela, puxando Melody para seu corpo segurando-a pela nuca e pela cintura. Melody queria impedi-lo de fazer o desastre que estava prestes á vir, mas pareca que suas cordas vocais estavam derretidas. Ela não conseguia falar para ele parar nem que quisesse. E, sinceramente, ela não queria. Era apenas um beijo, o que poderia dar errado? Aliás, aquela criatura que a estava cobrindo com seu corpo jamais poderia lhe fazer algum mal. Mas ela sentia estar esquecendo  de alguma coisa importante. Algo realmente grande...
                 Foi nesse momento que Melody ouviu uma explosão do outro lado da sala.
                 Ao acordar do estranho encantamento que Lhilson estava lançando sobre ela, Melody o empurrou com a maior força que pôde, o que, ao que pareceu, era muita. Ele foi parar em cima da mesa de centro , o que a quebrou com o impacto, deixando apenas um monte de madeira amassada e um Lhilson muito desnorteado no lugar.
                  Melody não gastou muito tempo para conferir se ele estava bem, de alguma maneira ela sabia que ele se recuperaria da queda. Ela olhou para onde tinha ocorrido a explosão e viu um monte de entulho no lugar onde antes havia uma porta elegante de carvalho. Também tinha uma figura toda de preto olhando para Melody.
                  Daimen.
                  Ele tinha visto uma cena realmente estranha: Lhilson e Melody em um abraço realmente comprometedor, quase se beijando. Sem contar que a mão de Lhilson que estava em sua cintura havia descido um pouco mais do que devia. Na hora ela nem ligou, mas agora ao lembrar disso ela já sentia um calor subir ao seu rosto.
                  Melody saiu atrás de Daimen, mas ele já tinah saído por aonde costumava ser a porta e agora só havia um buraco.
                  Ele não olhou para trás.
             

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